08 janeiro 2007

A mídia quer sua alma. Não acredite na mídia. Seja você a mídia!



Televisão:
da informação a desinformação
UMA NOVA CENSURA

O principio básico da censura moderna consiste em inundar as informações essenciais com um dilúvio de noticias insignificantes difundidas por uma multidão de meios de comunicação social com conteúdos similares.

Isto permite que a nova censura tenha todas as aparências da pluralidade e da democracia.

Esta estratégia de entretenimento e distração se aplica em primeiro lugar aos noticiários televisados, principal fonte de informação pública.

Da informação à desinformação...

Desde o inicio dos anos 90, os noticiários de televisão não contém quase informação. Seguem se chamando “Noticiários de Televisão” quando na realidade deveriam se chamar “magazines ou revistas”.

Um noticiário contém em média no máximo de 2 a 3 minutos de informação. O resto está constituído de reportagens anedóticas, de fatos diversos, de micro-câmeras das quais quase sempre se reportam a vida cotidiana dos chamados reality-shows.

...e uma censura sem censores

Toda sutileza da censura moderna reside na ausência de censores. Estes tem sido eficazmente reforçados pela “Lei de Mercado” e a “Lei de Audiência”. Pelo simples jogo de condições econômicas habilmente criadas, os canais de televisão já não mais dispõe de meios financeiros para realizar reportagens verdadeiramente periódicas, e sem dúvida, ao mesmo tempo, o reality-show e as micro-câmeras arrastam mais audiência a um custo muito mais reduzido.

Mesmo os acontecimentos importantes são tratados debaixo de um ângulo de “revista”, pelo canto dos olhos. Desse modo, uma encontro internacional dará lugar a uma entrevista do organizador do “encontro”, com as imagens de limusines oficiais e as saudações diante de algum edifício, porém, nenhuma informação, nenhuma analise com relação ao temas discutidos pelos chefes de Estado. Da mesma forma, um atentado será coberto por micro-câmeras em quase todos os lugares do drama, com as impressões e testemunhos dos passantes, ou a entrevista de um “recadista” ou um oficial de polícia.


A estas insignificâncias se seguem os esportes, os fatos diversos, as reportagens pitorescas sobre as profundezas da França (ou de qualquer outro país), sem duvidar das publicidades disfarçadas por produtos culturais fazendo o objeto de uma campanha (espetáculos, filmes, livros, discos...).

Informação desestruturada para uma memorização mínima.

Todos os sociólogos e especialistas da neurociência sabem que a memorização da informação por parte do cérebro se faz de melhor forma em função da forma estruturada e hierarquizada em que é apresentada a informação.

A estruturação e a hierarquização da informação são também princípios de base ensinados a todos os estudantes de periódicos.

Sem dúvida, nestes últimos 10 anos, os noticiários de televisão fazem exatamente o contrário, encadeando em desordem temas excêntricos e de importância desigual (um fato diverso, um pouco de política, esportes, um tema social, um outro fato diverso, logo de novo política, etc.) como se o objetivo buscado fosse obter a pior memorização possível das informações para o público. Uma publicação amnésica é de fato muito mais fácil de manipular...

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