COLETIVO GUERRILLA GIRLS
(texto belengado do renas e veados)
As preocupações com as questões feministas começaram a criar um espaço para si mesmas (relendo agora a Room of one's own de Virginia Woolf, repto feminista que se mantem vivo até hoje) no seio das interrogações que a arte contemporânea ia construindo e problematizando. Os colectivos de mulheres artistas, como são exemplo Guerrilla Girls, tiveram um papel importante na conceptualização da questão feminista no seio da arte contemporanea. A meu ver, levantaram duas grandes interrogações e que se mantêm vivas até hoje:
a) Questões de discriminação sexual das mulheres na arte, ou seja, denunciarem a quase ausência de mulheres representadas nas colecções dos centro de arte, a falta de mulheres consideradas importantes nas artes visuais ao longo dos séculos, o valor financeiro das obras de arte feitas por mulheres ser sistematicamente mais baixo que o valor de obras feitas por homens, a falta de role models de mulheres artistas importantes e a sua ausência nos manuais de histórioa de arte....em suma a sub-representatividade das mulheres nas artes;
b) Desconstrução da dimensão de género envolvida na arte contemporânea.
As Guerrilla Girls são um colectivo composto por uma série de mulheres artistas, que se ocultam por detrás de um pseudónimo, que é o nome de artistas famosas (como Tina Modotti, Frida Kahlo, Gertrude Stein, Anaïs Nin, etc. ). A inspiração para o nome do colectivo parece-me estar associado a outros movimentos destinados a reivindicar o uso da expressão Girl, que para uma mulher madura, é relativamente ofensiva, especialmente quando usada para a despromover."Girl" tem para este movimento o mesmo significado que Queer para o movimento LGBT. As artistas que integram as Guerrilla Girls, apresentam-se em conferências-performances públicas, com uma máscara de Gorila, prontas a denunciar o sexismo na arte. As suas obras são pois autocolantes, livros, posters, cartazes, que fazem esta denúncia.
As Guerrilla Girls são uma manifestação do feminismo, preocupado com as dimensões da diversidade dentro da categoria mulher, e com questões como o racismo, a homofobia, as desigualdades genralizadas, que se cruzam com o sexismo. Mais especificamente no plano da arte contemporânea, para qual tiveram um contributo inequívoco. E que para tal apropriou a tal F word, de que pouc@s falavam à época e de que muitas ainda hoje têm vergonha de falar, ou seja o FEMINISMO!
DOCUMENTÁRIO GUERRILLA GIRL
Uma viajem a selva colombiana para contar a historia do ingresso e aprendizado de uma jovem na FARC: "Guerrilla Girl", documentário produzido por Zentropa, de Lars von Trier.
doc. belengado da sacripancia.zip.net
As Forças Armadas Revolucionárias da Colombia-Exército do Povo (FARC-EP), são uma organização militar considerada terrorista pela maioria da comunidade internacional. Os EUA encabeçam a lista de opositores.
O que pode levar uma jovem universitária de 21 anos, com uma vida estável junto da sua familia e amigos, a incorporar uma guerrilha acantonada na selva?
A resposta é dada por Frank Piasechi Poulsen, um realizador dinamarquês que atravessou clandestinamente a fronteira colombiana de forma a poder encontrar um campo de treino das FARC-EP.
Aparte dos ideais politícos que podem suscitar alguma controvérsia a uma larga maioria de pessoas, uma coisa fica provada por Poulsen, estas FARC são os mais honestos de todos aqueles que estão envolvidos no conflito.
“Do outro lado estão aqueles que se sentam na cadeira do poder, lucram com o tráfico de droga e vendem os interesses do povo ao capital estrangeiro.”
Frank P. Poulsen
Fonte: A Tasca do Teixeira
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