30 janeiro 2007

Pacote Igreja Universal




(Edir atrás das grades)

A Igreja Universal de Edir Macedo está outra vez nas manchetes blogueiras sobre mídia televisiva. Deu no blogpoltrona, no liberdadedigital, no blogueisso e no becodosbytes .

Uma professora paga geral, ao vivo, pro bispo Clodomir do programa religioso da TV Record "Fala Que Eu Te Escuto", de 27 para 28/1/2007. O bispo não desligou e ela o acusou de discriminação religiosa contra o candomblé. Por enquanto só o áudio apareceu.
Para deleite geral, um pacote com material para ser usado na guerrilha contra a Universal.



Aprenda a passar trote na Universal. Eles são OBRIGADOS a te escutar(programa "fala que eu te escuto"). Se eles desconfiarem que a sua possessão é falsa, eles vão ficar calados prá não desconfiarem da possessão deles. Uma produção da Casa da Vaka.


"Fé é o caralho, eu quero seu dinheiro, porra!!"


Esse vídeo tem uma versão mais séria que está sem as legendas(no you tube), só com a matéria do Jornal Nacional, ideal para ser usada naqueles que, além da Universal, acreditam na Globo.


Livro bomba sobre a Universal: "Nos Bastidores do Reino" do ex-bispo Mário Justino. De graça.

A banda "Hordi i Pogreçu" fez uma música com o texto de um planfleto da Universal. Obra prima de Deus esse som! A letra da música está em nome de Edir Macedo, dono do panfleto.
baixar "Encosto"
ouvir "Encosto"

29 janeiro 2007

Guerrilheiras

COLETIVO GUERRILLA GIRLS
(texto belengado do renas e veados)
As preocupações com as questões feministas começaram a criar um espaço para si mesmas (relendo agora a Room of one's own de Virginia Woolf, repto feminista que se mantem vivo até hoje) no seio das interrogações que a arte contemporânea ia construindo e problematizando. Os colectivos de mulheres artistas, como são exemplo Guerrilla Girls, tiveram um papel importante na conceptualização da questão feminista no seio da arte contemporanea. A meu ver, levantaram duas grandes interrogações e que se mantêm vivas até hoje:

a) Questões de discriminação sexual das mulheres na arte, ou seja, denunciarem a quase ausência de mulheres representadas nas colecções dos centro de arte, a falta de mulheres consideradas importantes nas artes visuais ao longo dos séculos, o valor financeiro das obras de arte feitas por mulheres ser sistematicamente mais baixo que o valor de obras feitas por homens, a falta de role models de mulheres artistas importantes e a sua ausência nos manuais de histórioa de arte....em suma a sub-representatividade das mulheres nas artes;

b) Desconstrução da dimensão de género envolvida na arte contemporânea.

As Guerrilla Girls são um colectivo composto por uma série de mulheres artistas, que se ocultam por detrás de um pseudónimo, que é o nome de artistas famosas (como Tina Modotti, Frida Kahlo, Gertrude Stein, Anaïs Nin, etc. ). A inspiração para o nome do colectivo parece-me estar associado a outros movimentos destinados a reivindicar o uso da expressão Girl, que para uma mulher madura, é relativamente ofensiva, especialmente quando usada para a despromover."Girl" tem para este movimento o mesmo significado que Queer para o movimento LGBT. As artistas que integram as Guerrilla Girls, apresentam-se em conferências-performances públicas, com uma máscara de Gorila, prontas a denunciar o sexismo na arte. As suas obras são pois autocolantes, livros, posters, cartazes, que fazem esta denúncia.

As Guerrilla Girls são uma manifestação do feminismo, preocupado com as dimensões da diversidade dentro da categoria mulher, e com questões como o racismo, a homofobia, as desigualdades genralizadas, que se cruzam com o sexismo. Mais especificamente no plano da arte contemporânea, para qual tiveram um contributo inequívoco. E que para tal apropriou a tal F word, de que pouc@s falavam à época e de que muitas ainda hoje têm vergonha de falar, ou seja o FEMINISMO!


DOCUMENTÁRIO GUERRILLA GIRL
Uma viajem a selva colombiana para contar a historia do ingresso e aprendizado de uma jovem na FARC: "Guerrilla Girl", documentário produzido por Zentropa, de Lars von Trier.


doc. belengado da sacripancia.zip.net

As Forças Armadas Revolucionárias da Colombia-Exército do Povo (FARC-EP), são uma organização militar considerada terrorista pela maioria da comunidade internacional. Os EUA encabeçam a lista de opositores.

O que pode levar uma jovem universitária de 21 anos, com uma vida estável junto da sua familia e amigos, a incorporar uma guerrilha acantonada na selva?

A resposta é dada por Frank Piasechi Poulsen, um realizador dinamarquês que atravessou clandestinamente a fronteira colombiana de forma a poder encontrar um campo de treino das FARC-EP.

Aparte dos ideais politícos que podem suscitar alguma controvérsia a uma larga maioria de pessoas, uma coisa fica provada por Poulsen, estas FARC são os mais honestos de todos aqueles que estão envolvidos no conflito.

“Do outro lado estão aqueles que se sentam na cadeira do poder, lucram com o tráfico de droga e vendem os interesses do povo ao capital estrangeiro.”

Frank P. Poulsen

Fonte: A Tasca do Teixeira

Guerrilha



Acepções
■ substantivo feminino
1 luta armada, empreendida por um movimento revolucionário de índole patriótica ou não, que combate um governo estabelecido ou forças de ocupação com a estratégia de mobilização política da população camponesa e a tática de incursões ofensivas, atos violentos e de surpresa, perpetrados por pequenos grupos ger. recrutados nessa população
2 Derivação: por extensão de sentido.
corpo de combatentes que adota esse esquema de luta
3 Derivação: por extensão de sentido.
tropa ou bando autônomo que combate sem obediência à disciplina e às regras militares
4 Derivação: sentido figurado.
polêmica contínua
Ex.:


Locuções
g. urbana
guerrilha em que o esquema original (previsto para o campo e baseado na mobilização político-militar dos camponeses) é adaptado à vida urbana


Etimologia
esp. guerrilla (1535) 'id.'; ver guerr-; a form. ainda motiva a consciência de dim. (inclusive em esp.); ver -ilha

Homônimos
guerrilha(fl.guerrilhar)

texto malhado do houaiss e stencil baqueado do
  • guerrilha gráfica ::::: archivo gráfico libertario


  • Filme de Guerrilha em Tempos de Paz. Curta nacional.




    As armas e o povo. Glauber documentando.




    Durante a Revolta dos Cravos, Glauber se encontra em Portugal e vai para as ruas de Lisboa e entrevista as pessoas sobre o momento político que estão vivendo. Filme coletivo que retrata a primeira semana de Revolução dos Cravos, cobrindo os acontecimentos do 25 de Abril ao 1 de Maio de 1974. O levantamento militar do dia 25 de Abril de 1974 derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926, sem grande resistência das forças leais ao governo, que cederam perante o movimento popular que rapidamente apoiou os militares. Este levantamento é conhecido por 25 de Abril ou Revolução dos Cravos. O levantamento foi conduzido pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução devolveu a liberdade ao povo português (denominando-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução).

    Catedral Rosa: terrorismo cultural.




    "Catedral Rosa" é uma intervenção urbana que se situa no âmbito do terrorismo cultural. Ela se consistiu em modificar a iluminação da Catedral de Brasília através de interferências realizadas diretamente nos refletores do monumento.
    A Catedral foi pintada no dia 28 de junho de 2006, quarta-feira, aproximadamente as 18:40h. O monumento católico pintado de rosa no dia do orgulho gay é um atentado que traz em seu bojo questionamentos sobre valores pré-estabelecidos num ato transgressor que descaracteriza a conduta artificial vigente.
    O feitio translúcido que tanto sugere como se afirma característico desta intervenção, tem como fator principal bulir (mesmo!) com todas as questões morais, éticas, estéticas, históricas, sociais e culturais de maneira sutil e poética sem danificar a estrutura física do monumento.
    Este vídeo trata-se do registro da intervenção. Sua reprodução é para que as pessoas não-presentes ali naquele momento possam participar de toda a ação e contemplar o processo de transcoloração do monumento. Para que percebam que pintar o concreto modernista foi fácil, e que o difícil é pintar a rigidez e a apatia dos valores e espíritos dos cidadãos contemporâneos.
    Portanto, não sejamos incrédulos portadores de pouca fé que se diminuem ante a própria covardia! "Informemo-nos"! Tornemos a "Catedral Rosa" de múltipla autoria, porque é! Convoquemos a todos assumi-la! Convoquemos também a fazerem seus atentados, pois quando os fizerem, diremos que fomos nós! Assim, seremos muito mais."

    texto da postagem no you tube.

    26 janeiro 2007

    A REVOLUÇÃO NÃO SERÁ TELEVISIONADA.



    RCTV e Empresas Globo: a mídia do mal é atacada por Hugo Chávez.




    Curta de guerrilha midiática do CMI.



    A tentativa de derrubar Chávez pela RCTV, rede de tv que a Globo apóia.



    Trailer de "Além do cidadão Kane". O documentário completo nos arquivos da Ciberguerrilha.

    Não deixe de assistir também o filme PONTE LAGUNO, CHAVES DE UM MASSACRE que conclui a farsa da RCTV. links para baixar o filme.

  • parte 1

  • parte 2

  • parte 3

  • parte 4

  • parte 5

  • página com os links

  • PONTE LAGUNO, CHAVES DE UM MASSACRE – (105 min) Direção Anjo Palácios - Abril de 2002 na Venezuela. Um golpe de estado preparado pela oligarquia venezuelana destitui mediante um seqüestro ao presidente Hugo Chávez. Durante os protestos populares de apóio ao presidente em Ponte Laguno 19 pessoas são assassinadas por franco-atiradores. Em uma excepcional montagem, os meios de comunicação da oposição apresentaram as mortes como vítimas dos círculos bolivarianos e de franco-atiradores do governo de Hugo Chávez. Segundo essa versão, os mortos caíram sob as balas de uns franco-atiradores que, da Ponte Llaguno, disparavam contra uma manifestação desarmada. Esse documentário de expõe algumas duvida razoáveis frente à segurança absoluta dos grandes meios de comunicação da oposição: Se a manifestação da oposição não passava por ali a quem disparavam essas pessoas? Se era uma emboscada por que se deixaram ver? Se disparavam contra manifestantes desarmados por que e do que se protegiam atirando-se ao chão? O que aconteceu aos franco-atiradores capturados nos edifícios próximos? Por que muitos familiares das vítimas defendem os que dispararam alegando defesa própria enquanto os meios insistem só em nos mostrar a outra versão? A recopilação e análise de centenas de fotografias e horas de vídeo permitiram construir a cronologia daqueles sucessos de 11 de abril. Este documentário nos aproxima da verdade, uma verdade que tentaram matar naquele abril de 2002 na Venezuela.

    23 janeiro 2007

    SENHORA LIBERDADE: A história do Comando Vermelho



    "O documentário SENHORA LIBERDADE, baseia-se na história de William da Silva Lima, um dos idealizadores do movimento denominado Comando Vermelho, gerado no Presídio de Ilha Grande no final dos anos 70, memória viva dos primórdios do atual violento Comando Vermelho, William é o único sobrevivente deste período e, após 36 anos de reclusão, está prestes a ser liberado em condicional. Seu testemunho é de fundamental importância para uma compreensão do contexto atual de violência urbana." Resumo via: Porta Curtas

    ASSISTA AQUI









    (para aumentar clique com o direito e habilite 200% de zoom)

    Não confie na grande mídia e procure escutar a opinião de quem tá do outro lado também.
    armas+cadeias=revolta+violência

    22 janeiro 2007

    Henfil documentário



    (clique nos quadrinhos para aumentar)

    Henfil merece todas as homenagens. "Cartas da mãe" ajuda a contar um pouco da história de um lutador.

    "Cartas da mãe é uma crônica sobre o Brasil dos últimos 30 anos contada através das cartas que o cartunista Henfil (1944/1988) escreveu para sua mãe, Dona Maria. Estas cartas, publicadas em livros e jornais, são lidas pelo ator e diretor Antônio Abujamra enquanto desfilam imagens do Brasil contemporâneo. Política, cultura, amigos e amor são alguns dos temas que elas evocam, criando um diálogo entre o passado recente do Brasil e nossa situação atual. Artistas, políticos e amigos de Henfil, entre eles o atual Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o escritor Luis Fernando Veríssimo, os cartunistas Angeli e Laerte e o jornalista Zuenir Ventura, falam sobre a trajetória do cartunista dos anos da ditadura militar até sua morte. Animações inéditas de seus cartuns complementam o documentário." Resumo belengado do: Porta Curtas

    Assista o curta abaixo:





    (para aumentar clique com o direito e escolha 200% de zoom)

    Prêmios:

    Prêmio aquisição Canal Brasil no Festival de Brasília 2003
    Melhor Curta - Júri Popular no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2003
    Prêmio Especial do Júri no Festival Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira 2003

    Terror nacional premiado




    Assista o curta abaixo:










    (para aumentar clique com o direito e escolha 200% de zoom)

    "Em aldeia de pescadores, acontecimentos macabros se desenrolam numa noite de satanismo, morte e orações à nossa senhora da cabeça." Com essa sinopse fica resumido aqui um curta que com certeza está entre os melhores já produzidos neste país. Terror de primeira com uma primorosa edição de áudio e de imagens. O curta é uma versão(subversão, como diz Dennison, o diretor) da música "coração materno" de Vicente Celestino.


    Alguns prêmios:

    -Melhor Filme - Júri Popular no Fantasia Film Festival 2003
    -Favoritos do Público no Festival de Curtas de São Paulo 2003
    -Melhor Montagem no Festival de Gramado 2003
    -Melhor Música no Festival de Gramado 2003
    -Melhor Fotografia no Festival TIM de Belo Horizonte 2003
    -Melhor Fotografia em Curta-metragem no Prêmio ABC - Associação Brasileira de Cinematografia 2004
    -Menção Honrosa para Atriz no Vitória Cine Vídeo 2003
    -Favoritos do Público no CineEsquemaNovo - Festival de Cinema de Porto Alegre 2004
    -Melhor Diretor no CineEsquemaNovo - Festival de Cinema de Porto Alegre 2004


    Alguns festivais:

    Alucine - Latin-American Film Festival of Toronto 2003
    Boston Fantastic Film Festival 2003
    Buenos Aires Rojo Sangre - Festival de Cine Fantástico, Bizarro y Terrorrífico 2003
    Cine Muerte 2004
    Espoo Ciné International Film Festival 2004
    Festival de Clermont-Ferrand 2004
    Festival do Rio BR 2003
    Festival Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira 2002
    London Fight Fest 2004
    Mostra de Cinema de Tiradentes 2004
    Stiges - International Film Festival of Catalunya 2003
    Festival Brasileiro de Cinema Universitário 2003
    Mostra do Audiovisual Paulista 2003


    AMOR SÓ DE MÃE - Brasil, 20 min, curta-metragem ficção terror 35mm, 2002
    de DENNISON RAMALHO.

    Coração Materno
    Composição: Vicente Celestino

  • ouça a música


  • Disse um campônio à sua amada: "Minha idolatrada, diga-me o que quer
    Por ti vou matar, vou roubar, embora tristezas me causes mulher
    Provar quero eu que te quero, venero teus olhos, teu porte, teu ser
    Mas diga, tua ordem espero, por ti não me importa matar ou morrer"
    E ela disse ao campônio, a brincar: "Se é verdade tua louca paixão
    Parte já e pra mim vá buscar de tua mãe inteiro o coração"
    E a correr o campônio partiu, como um raio na estrada sumiu
    Sua amada qual louca ficou, a chorar na estrada tombou
    Chega à choupana o campônio
    E encontra a mãezinha ajoelhada a rezar
    Rasga-lhe o peito o demônio
    Tombando a velhinha aos pés do altar
    Tira do peito sangrando da velha mãezinha o pobre coração
    E volta à correr proclamando: "Vitória, vitória, tens minha paixão"
    Mas em meio da estrada caiu, e na queda uma perna partiu
    E à distância saltou-lhe da mão sobre a terra o pobre coração
    Nesse instante uma voz ecoou: "Magoou-se, pobre filho meu?
    Vem buscar-me filho, aqui estou, vem buscar-me que ainda sou teu!"

    Ordem para o povo, resistência e transgressão.






    aqui para assistir "O Dia em que Dorival encarou a guarda" no Porta Curtas

    O curta é um roteiro adaptado do oitavo episódio do livro "O Amor de Pedro por João", segundo romance de Tabajara Ruas, que fala de perseguição política e abuso de poder.
    O curta foi dirigido por José Pedro Goulart e Jorge Furtado, em 1986, e ganhou vários premios:

    -14º Festival do Cinema Brasileiro, Gramado, 1986:
    Melhor Curta Nacional (dividido no Júri Oficial, sozinho no Júri Popular e no Prêmio da Crítica), Melhor Ator de Curta (João Acaiabe) e mais 4 prêmios regionais (Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Fotografia e Melhor Montagem).

    -Troféu Scalp 1986: Destaque do ano em cinema.

    -21º Festival de Cinema Ibero americano, Huelva, Espanha, 1986:
    Melhor Curta metragem de Ficção.

    -8º Festival Internacional do Novo Cinema Latino americano, Havana, Cuba, 1986:
    Melhor Curta de Ficção.

    Exibido na mostra "Os 10 Melhores curtas brasileiros da década de 80", no Cineclube Estação Botafogo, Rio de Janeiro, 1990.

  • Aqui o episódio "O dia em que Dorival..." no livro "O Amor de Pedro por João" de Tabajara Ruas.
  • 21 janeiro 2007

    Midiatrix - a realidade ou a rede globo?




    "O mundo real ou o que você vê pela GLOBO, Neo?"
    Você tambèm pode escolher...
    Assista ou não!
    Depois "salve" outro...

    19 janeiro 2007

    Encontro de Conhecimentos Livres: quando as ferramentas chegam...



    Vídeo com o depoimento de Luis Cachoeira falando de cultura digital, gravado durante o Encontro de Conhecimentos Livres de Aracaju-SE em 2006.

    Creative Commons: como publicar sua obra sem intermediários.



    O vídeo mostra a diferença entre copyright e creative commons.

    "O Creative Commons Brasil disponibiliza opções flexíveis de licenças que garantem proteção e liberdade para artistas e autores. Partindo da idéia de "todos os direitos reservados" do direito autoral tradicional nós a recriamos para transformá-la em "alguns direitos reservados"." Do sítio

  • http://creativecommons.org.br/


  • O Creative Commons publica obras nos formatos de texto, vídeo, áudio, imagem e EDUCAÇÃO(planos de aulas, pacotes de cursos, apostilas...).

    Algumas obras sob a licença:

    Fernando Gabeira lançou o livro "Navegação na Neblina", licenciado em Creative Commons, permitindo que se copie, distribua ou crie obras derivadas sem necessidade de consulta prévia ao autor. Para tal, basta que se dê os créditos ao autor, não se utilize o conteúdo com fins comerciais e que, no caso de transformação, alteração ou criação com base na obra, o novo material use a mesma licença.

    O Pearl Jam lançou um videoclipe(Life Wasted) com licença Creative Commons. Clip é um produto para divulgar a banda. Nada mais justo. E tinha banda que vendia clip...

    Bruno Vianna é o diretor do primeiro longa(“Cafuné”) disponibilizado em Creative Commons, que foi lançado simultaneamente nas salas de cinema e na Internet. O filme está disponível no sítio do Overmundo. Matéria completa sobre o filme no:
  • Culturalivre.org
  • O bruxo HERMETO PASCOAL apóia CULTURA LIVRE e libera obra para reprodução gratuita

    "Quem quiser piratear os meus discos, pode ficar à vontade. Pirateiem os meus discos... Sabe o que Deus falou? ‘Crescei e multiplicai-vos’. Muita gente pensa que isso é só para transar. Devemos crescer na maneira de ser e multiplicar o que tem de bom. Sem barreiras."

    (Hermeto Pascoal, abusando da modernidade)

    Os artistas antecipam movimentos culturais e sociais pois possuem a sensibilidade/sintonia que não são encontradas em pessoas comuns. Isso os deferencia e atrai a adoração do público. É o poder dos artistas.
    Com a inclusão, na cultura popular, da pirataria, p2p(troca de arquivos de micro pra micro), tocador de mp3, entre outros métodos de cópia gratuita de conteúdo, fica provado que a realidade da cultura mudou, barateou e ficou até de graça há tempos mas tem "artista" que nem percebeu ainda. Abre o olho com teu ídolo! Para estar em sintonia com o seu tempo basta apenas estar vivo e se adaptar a nova realidade. Hermeto é rei! Quem defende direito autoral, em grande parte defende corporações que são os verdadeiros donos das obras. Seja você dono de sua obra e faça o que quiser com ela. Publique em Creative Commons.
    Citação e foto belengados do

  • sacripancia.zip.net/
  • Cu digital - curta pró cultura livre



    Finalmente quando a classe pobre pode ter acesso a cultura por um preço justo, quando não de graça mesmo, a classe dominante quer prender, bater, processar, quebrar! Abre o olho com seus ídolos! CULTURA TEM QUE SER DE GRAÇA MESMO!!!!!!
    "CU DIGITAL" é um curta que defende a cultura livre.

    15 janeiro 2007

    Entrevista de Matilde Ribeiro à Caros Amigos - 1 de 3



    Marina Amaral -- Como a senhora conseguiu entrar na faculdade?

    Eu sempre trabalhei e estudei. Acho que foi por esforço pessoal, junto com apoio familiar. Era contraditório, meu pai, ao mesmo tempo que achava que mulher não tinha que estudar porque ia casar e ter filho, também se orgulhava de ter uma filha com predisposição para estudar. E não colocava limite, mas achava que era uma carga muito pesada trabalhar e estudar. Lembro que na época de juventude... tem coisas na minha vida que foram precoces. Eu tinha um tio que sempre morou com meus pais. Ele era dez anos mais velho e a minha irmã é quatro anos mais velha, e por estímulo deles comecei a ir muito nova em bailes...


    Thiago Domenici -- Mas a senhora já tinha uma posição política nessa época?

    Não. Eu tinha uma curiosidade muito grande. O que me despertou para a militância política foi a expressão do PT dentro da faculdade, alguns professores, em especial a Erundina, ela nos levava para as favelas, pra fazer estágio de observação, levava para os cantões. E dentro desse espaço comecei a conhecer as feministas, e também os negros militantes. Comecei meu estágio com meninos e meninas de rua, depois fui trabalhar em creche. Aí não teve jeito, você convive com as crianças e as mulheres e comecei a ficar muito revoltada com a vida que as mulheres levavam. Percebia que as crianças pareciam ser filhos só das mães, percebia a ausência dos pais, percebia o quanto as mulheres levavam uma vida sacrificada, de deixar parte dos filhos sozinha em casa, outra parte na creche, sair pra trabalhar, voltar e pegar as crianças. E comecei a me envolver nesse universo da condição das mulheres, e a ficar amiga de pessoas feministas, comecei a freqüentar as reuniões e fui trabalhar depois em uma ONG feminista, que é a SOF (Sempreviva Organização Feminina), e nessa época me filiei ao PT. O que me despertou para a questão racial foi esse processo, mas para a militância efetiva foi mais tarde, em 1988, quando teve todo um debate em torno dos cem anos da Abolição da Escravidão e fui numa reunião do Movimento Negro, representando o Conselho Regional de Assistentes Sociais, eu fazia parte da direção. Trouxe isso pra minha vida profissional e pra minha vida acadêmica. Acabei estudando essas duas temáticas, gênero e raça, acabei trilhando toda a minha vida profissional e acadêmica a partir desse olhar militante.

    14 janeiro 2007

    Entrevista de Matilde Ribeiro à Caros Amigos - 2 de 3




    Palmério Dória -- Qual é o papel exatamente da sua secretaria? A gente sabe que ela tem o menor orçamento da República. É uma espécie assim de senzala...

    É, a casa-grande fica em outro lugar. Bom, as secretarias especiais são órgãos de assessoramento à presidência da República, com status de ministério. A diferença orçamentária entre a Secretaria de Igualdade Racial e a Secretaria da Mulher é muito pequena. A dos Direitos Humanos é um pouco maior. A missão é a mesma, a diferença é que as outras duas já existiam. Antes mesmo do governo Fernando Henrique já existiam ações nessa área. Creio que nesses quatro anos conseguimos apresentar um desenho, um caminho de ramificação da ação, considerando a missão, que é coordenar, estimular, elaborar conjuntamente com outros e monitorar a execução. Então, esse primeiro período da secretaria foi de aprendizado muito grande, não só pra quem está dentro do governo, mas também para quem está fora demandando as políticas, e creio que o futuro desse espaço deve ser de aprimoramento e fortalecimento. Não acredito que seja possível durante muitos anos a secretaria se manter como a prima pobre do governo.


    Renato Pompeu -- Além das cotas, que outras ações afirmativas existem?

    Várias medidas agregadas a essa de reserva de vagas e de bolsas estão em curso. E há dois projetos de lei do governo, em tramitação no Congresso, que tratam da educação como um todo, mas fazem vinculação com esse nosso debate aqui. Uma é a reforma universitária, matéria de disputa ferrenha entre as várias concepções sobre qual o sistema de ensino que queremos, desde os primeiros dias até o ensino superior -- e queremos que o ensino superior possa efetivamente corresponder à lógica da democracia e do acesso para todos. Outro projeto que tramita é o Fundeb, que prevê o Fundo para a Educação Básica, entendendo que fortalecendo a educação básica estamos mexendo nas duas pontas -- no ensino, que é estruturante para o resto da vida, que são os primeiros anos de escola, e no ensino superior. Há ainda o programa Brasil Alfabetizado, somando várias ações que acontecem no campo da educação de adultos. O outro exemplo é a implementação da lei 10.639, que prevê o ensino da história e cultura afro-brasileiras nos níveis médio e fundamental das escolas públicas e particulares. Foi sancionada pelo presidente Lula em 9 de janeiro de 2003 e está em processo de implementação. Para a implementação, o principal é a capacitação do professorado -- não tem ensino se os professores não estão preparados --combinada com a revisão curricular e com o envolvimento da comunidade escolar e das famílias para que isso se torne fato.

    Entrevista de Matilde Ribeiro à Caros Amigos - 3 de 3



    Entrevista da Ministra Matilde Ribeiro à revista Caros Amigos de novembro de 2006:

    Thiago Domenici -- Nisso tudo, qual a importância do dia 20 de novembro, que é o Dia Nacional da Consciência Negra?

    É o melhor exemplo de ação simbólica que poderíamos ter, que nos obriga, enquanto governo, a reconhecer que existiu Zumbi dos Palmares, que existiu a luta histórica contra a escravidão, e que a Abolição não aboliu. Aboliu administrativamente, mas não incluiu os negros como cidadãos e cidadãs de direito. O movimento negro teve uma atuação visionária 35 anos atrás, quando começou a dizer pelos quatro cantos do Brasil e também em espaços internacionais que, se tem o dia de Tiradentes, tem que ter o dia de Zumbi dos Palmares. Isso hoje é fato, a agenda pública brasileira tem o Dia Nacional da Consciência Negra e Zumbi dos Palmares como herói nacional. E ao mesmo tempo existem políticas públicas federais em andamento, porém insuficientes pra responder à demanda, responder a essa reivindicação que foi reprimida ao longo da história. E repetindo que ações afirmativas, neste nosso momento, constituem um vetor para a construção de políticas públicas de igualdade racial.


    Entrevista - Ministra Matilde Ribeiro

    Um passo pequeno para uma mulher, um passo imenso para toda uma etnia: a ministra chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, tem um orçamento que mal passa de 20 milhões de reais por ano, mas é a primeira vez, em mais de 500 anos da história dos negros no Brasil, que existe um ministério específico para promover a igualdade racial, envolvendo também índios e ciganos, palestinos e judeus. Filha de roceiros, foi empregada doméstica e operária para custear seus estudos e se formou em Serviço Social na PUC de São Paulo. Envolveu-se no movimento feminista, no movimento negro e no PT e, numa ascensão meteórica, se tornou ministra. Ela esclarece que as cotas não são primordialmente para negros e índios, mas para os carentes oriundos das escolas públicas, inclusive brancos, com as cotas sendo distribuídas segundo uma nota de corte e de acordo com a proporção das etnias em cada Estado. Para ela, a conquista principal do movimento pela igualdade racial não são as cotas, nem a sua Secretaria -- mas o reconhecimento, pelo Estado e pela sociedade, de que existe racismo no país, estando em desaparecimento o mito da "democracia racial". E, nesta entrevista, ela é taxativa: é melhor que haja brancos ressentidos por terem nota, mas não terem vaga, do que não haver negros no ensino superior.

    A VOZ DA PERIFERIA




    Realizado pela 13 Produções e Grupo Urbano para o CANAL TRACE TV FRANCE.

    Periferia Segue Sangrando - Gog



    "entre os mais graves
    Aparecem o envolvimento com drogas
    E a gravidez precoce
    Que desestruturam a vida do adolescente"

    Sete horas em ponto tá no horário do encontro
    Ligo o rádio e pronto as notícias não são nada boas
    Ponto final na vida de várias pessoas
    E o que seria um fim de semana foi um banho de sangue
    O rabecão não parou um instante
    A cada depoimento um arrepio um pai confirma ao vivo
    É mesmo do seu filho um corpo quase irreconhecível
    Vítima de uma sessão de tiros
    Só quem perde sabe!
    E eu concluo mano periferia segue sangrando
    Hemorragia interna irmão matando irmão
    Favela contra favela não acredita? confira!
    Rap nacional realidade dura! click! clack! bum!
    Infelizmente o som das ruas
    Click! clack! click! clack! click! clack! bum!
    Mano periferia segue sangrando
    Mãe chorando irmão se matando!
    Mano periferia segue sangrando
    E eu pergunto até quando?

    O rádio já tá desligado
    É dia ensolarado no riacho vou par rua
    A noite toda foi chuva
    O vento forte arrancou telhados
    Derrubou barracos muita gente não crê no que vê
    Outros pegam a bíblia pra ler
    Perdas materiais incalculáveis reais
    A enxurrada leva a capa de um lp dos racionais!
    É hora de reagir reconstruir começar de novo
    É onde mora a força do meu povo ei véi!
    Moleque de atitude! chegado! mano!
    Sangue do meu sangue sangue bom vamos!
    Aposente o cano periferia segue sangrando!
    Gog pode crê!
    Já cansei de ver a justiça feita com as próprias mãos
    No coração da expansão lesão arregaços com pt e oitão
    Futuro aqui é fácil prever veja o sangue escorrer
    Manda idéia pro meu povo gog!
    Com bala na agulha quem se mata é você!
    Click! clack! click! clack! click! clack! bum!
    Mano periferia segue sangrando
    Mãe chorando irmão se matando!
    Mano periferia segue sangrando
    E eu pergunto até quando?
    O jogo é jogado japão
    Os inimigos da periferia são a burguesia e o alto escalão
    Só que o nosso time treme na decisão e aí
    A semente do ódio plantaram aqui
    Nos impedem de evoluir e o que se colhe são frutos imundos
    Periferia pare! respire por alguns segundos
    Nosso dia a dia pode ser melhorado
    Há várias formas de ser respeitado
    Perdão para quem quer se perdoado
    Conviver com adversários conquistar espaços
    Vida longa na periferia responsabilidade minha sua
    Click! clack! bum!
    Pode deixar de ser o som das ruas
    Click! clack! click! clack! click! clack! bum!
    Mano periferia segue sangrando
    Mãe chorando irmão se matando!
    Mano periferia segue sangrando
    E eu pergunto até quando?

    11 janeiro 2007

    Entrevista com Mano Brown
















    "Não acredito em líderes, acredito em pessoas"





    Por Júlio Maria

    Mano Brown chega à sede do projeto social Capão Cidadão, no Capão Redondo, zona sul de São Paulo, às 16h20 de uma sexta-feira de sol. Cumprimenta todos com mão firme, olho no olho e alguns sorrisos. Quem o recebe é Paulo Magrão, vice-presidente do Capão Cidadão. Conversam a sós por alguns minutos e se aproximam do jornalista do Jornal da Tarde.

    Paulo Magrão - Brown, esse aqui é o Júlio, repórter do Jornal da Tarde.
    Mano Brown - É, já vi o carro da reportagem ali. Eh Magrão, não gosto dessas tocaia aí não, hein.
    Paulo Magrão - Não Brown, o cara fez uma matéria bacana sobre o projeto, falou até que funciona como um oásis aqui na periferia.
    Brown - Oásis por quê? Quer dizer que tudo o que está em volta é seco?
    JT - Aí vocês é que estão distorcendo o que sai no jornal (riso nervoso).
    Paulo Magrão - Ele vai estar na conversa com os moradores, beleza?
    Brown - Beleza, beleza.
    JT- Brown, na verdade, gostaria também de conversar com você depois sobre alguns temas. Pode ser?
    Brown - Vou pensar (Brown se vira e vai falar com alguns amigos).

    O JT pôde acompanhar com exclusividade a conversa-palestra de Brown com moradores e gente que trabalha no Capão Cidadão. Ao terminar, Mano Brown, finalmente, falou com o JT .

    JT- Há quase 20 anos os Racionais falam sobre segregação, racismo, os dilemas da periferia. Acredita que este discurso mudou algo?
    Mano Brown - Os Racionais são só uma célula entre milhões de células. Não acredito em líderes, só acredito em pessoas. Uma comunidade unida vai fazer muito mais do que o Paulo Magrão (líder comunitário do Capão Redondo) sozinho ou do que qualquer pessoa bem-intencionada. O que o rap fez foi levar para as pessoas dessas comunidades a idéia de que elas têm de se unir nos piores momentos, nos momentos de dor, de perda, de insegurança. O problema é que, para muitas, morar aqui é um trânsito, não vão ficar aqui para sempre. Para as que vão ficar, seria importante que o bairro melhorasse, que seus filhos crescessem em um lugar melhor. É impossível medir se algo mudou por causa dos Racionais.

    A gente percebe seu desconforto ao ser colocado como líder, mas muitas vezes o próprio movimento rap tenta colocá-lo assim. Esta situação é angustiante para você?
    Sempre pensei que cada um é seu líder. Às vezes, é desconfortável mesmo você ver que as pessoas estão esperando uma atitude sua para ver o que vai acontecer. Eu acho que posso servir como espelho, mas é cada pessoa que tem de ser sua própria liderança. No momento crucial, Mano Brown não vai estar lá. Na hora em que você for deitar com uma mulher, vai ter que usar camisinha e o Mano Brown não vai estar lá. É você quem sabe o que vai fazer. É você quem vai colocar uma arma na cintura e ir para o asfalto atrás de uma 'fita' (roubo), e o Brown não vai estar lá (para impedir). Não siga o Brown, siga o seu coração. Se o Brown for firmeza, siga as idéias dele, mas não siga ele. Mesmo porque o ser humano Brown vai errar, com certeza vai errar. Ainda que tente evitar, esta liderança parece fugir ao seu controle. Sempre achei a cadeira do presidente o lugar mais solitário que pode existir. Quando o cara chega lá em cima, ele é um solitário, é um alvo. Com certeza os que estão ao lado, mesmo estando juntos, estão lutando por benefícios pessoais. Eu vejo o Lula. O Lula poderia fazer muito mais fora do governo do que dentro, ele poderia ser muito mais útil estando fora da cadeira de presidente do que sendo uma figura de enfeite, manipulado para cá, para lá, os amigos roubam e ele não pode falar nada, o amigo dá mancada e ele não pode falar nada porque ele está de ilustração. Se o cara mandasse mesmo, diria logo 'sai todo mundo', 'são todos safados', 'fica você, você não é safado'. Se saísse (da Presidência) ele iria tomar a pinga mesmo dele, iria assumir a personalidade dele. 'Bebo pinga mesmo, sou brasileiro, gosto, sou honesto'. Mas não, o pessoal fica tentando fazer do Lula o rei da Inglaterra e ele não é. As pessoas questionam que ele fala errado, que ele bebe, tá ligado? Se fosse da periferia, seria um rei com as idéias que tem. Como presidente, é questionado.

    Não há uma confusão nas mensagens do rap? Muitos jovens entendem que o crime compensa quando ouvem uma música que narra a história de um homem que entrou para o tráfico, ainda que este homem se dê mal no final da música.
    Não é só no rap que existe essa contradição. Quando você assiste a um filme de Steven Spielberg, não sabe quem matou mais, se o vilão ou o mocinho. O mocinho mata o filme inteiro. Qualquer filme ou novela que for ver tem relação com a violência. O rap não se relaciona com a violência, ele vive a violência, ele nasce dentro. Ele não relata a vida dos outros, fala da sua própria vida e, às vezes, isso vem cheio de mágoa porque fala de seres humanos. E como você vai narrar uma história de desigualdade social sem raiva, friamente, como o papa? Você nunca sabe se o papa está com raiva ou não porque ele nunca passa o sentimento que tem. O rapper é diferente, tem raiva, tem ódio, ele xinga, cai em contradição, mas por trás dessa contradição existem outras histórias. E a contradição do rap faz muitas pessoas pensarem... As palavras que eu canto me trombam no farol. 'Aí mano, tá de carrão aí? E essa corrente aí? E esse boné novinho aí?' Eu me coloco na posição do cara, sei o que ele está pensando, só que eu sou igual a ele. A diferença é que não sou o playboy que está trancado no carro. Posso descer e trocar uma idéia com ele. 'Sou o Brown, estou há 18 anos falando de pessoas como você. Não sou seu inimigo'.

    Os Racionais fizeram há dois meses um show na quadra da escola de samba Tom Maior, em Pinheiros, promovido por alunos da Faculdade Armando Álvares Penteado (Faap) (Brown balança a cabeça em sinal de desaprovação). Isso pode ser um sinal de mudança, de que o grupo não é mais tão radical, de que faz show 'do outro lado da ponte'?
    Essa festa não foi feita com a intenção de agradar aos boys, respondendo ao que seria sua pergunta. Foi feita para que os favelados pudessem ir até lá ver o irmão do (rapper) Tupac Shakur (Moprene Shakur), que estava no Brasil. Nós abrimos mão de ganhar para podermos pagar o cachê dele, que era alto. A Faap não era dona de nada, no dia em que a Faap for dona da escola de samba, estamos ferrados. A gente foi lá para cantar. Agora, veja como é que é. As pessoas falam que somos preconceituosos. Saiu no jornal assim: 'Racionais cantam para playboys'. A partir do momento em que o jornalista reconhece que aqueles caras são playboys, então não estamos errados. Os jornalistas perceberam que existe uma elite, que existe um playboy.

    Há sempre uma demora grande do grupo em lançar discos. Muito se falou sobre o próximo CD de vocês, sobre um DVD com documentário, mas ninguém sabe quando vai sair.
    Vai sair o DVD (com documentário) ainda esse ano e o CD ficou para o ano que vem. Estamos lançado dois grupos agora, um daqui (Capão Redondo) e um outro da zona oeste. Se esse grupo pegar, vai mudar tudo na região em que eles moram. É uma estratégia. Se pegar, vai ser uma revolução.

    Por quê?
    Eles vão ser o espelho que falta na região deles... A gente vive como espelho. Não tive pai ou irmão mais velho em quem me espelhar, tive dois amigos da rua. Um primo mais velho me ensinou a ouvir Jorge Ben, outro me ensinou a usar roupa tal e um outro me ensinou a chegar de um jeito tal nas mulheres. Se a gente for espelho de nossos filhos e dos menores que vivem com a gente, se conseguirmos ganhar dinheiro honestamente e fazer com que eles percebam isso, vai ser bom.

    A estratégia que você diz seria fazer cada região ter um Racionais?
    Não, Racionais não, mas o importante é fazer aparecer referências de superação. Se pudesse, ajudaria os caras a se formarem advogados.

    Brown, você fez uma declaração no DVD '100% Favela' dizendo como seu próprio preconceito havia atrapalhado sua vida. Quando via um moleque de olhos claros, automaticamente o odiava por saber que ele tinha coisas que você não poderia ter. Quando você reconhece isso quer dizer que está mudando?
    O problema é que toda hora estou regredindo e esse ódio volta para mim. Isso é algo que ainda penso e que me maltrata muito. Antigamente, eu não conseguia ver (os preconceitos), eu era cego e sofria menos. Agora, eu vejo melhor e sofro mais.

    O que o faz regredir?
    Você acha que o cara não tem culpa, mas ele tem sim. Você não tem nada contra a pessoa do cara, mas contra o que ele representa.

    É um círculo isso?
    É um círculo.

    E como sair dele?
    Não tem como sair dele.

    A qualidade do rap não caiu muito por causa do excesso de grupos?
    Tudo que cresce muito atrai gente que só pega carona no movimento, mas que vai se achar lá na frente, gente que está no rap mas que ainda vai ser um bom médico. A primeira missão de muitos foi ser cantor de rap, mas aí ele descobre que não é bom para cantar mas é bom para trocar idéia, para mexer com dinheiro, para fazer compra. Eu já estou vendo uns manos assim, que começaram no rap mas hoje são artistas plásticos. O rap muda a vida dele, mas ele não vira um astro.

    Não se dá um valor muito grande para o discurso dos Racionais, para as letras, e se fala pouco de música?
    Sim, eu acho que sim. Quer que eu fale? O pessoal da periferia só gosta dos Racionais por causa da música, não por causa da mensagem. Não vou dizer que nossa música seja boa, mas se fosse ruim nada do que eu falo iriam querer ouvir.

    Quando se pergunta para essas crianças daqui o que é 'Mágico de Oz', elas dizem que é uma música dos Racionais. Não têm mais as referências da infância...
    Elas ficam adultas muito rápido, mas isso não somos nós que trazemos, elas vivem e pegam isso na rua. Estão perdendo a infância.

    Brown, você nunca quer saber de aparecer na mídia, de dar entrevistas, de difundir suas idéias na imprensa. Por que isso?
    A gente tem de fazer mais e falar menos. Não dá para ficar aparecendo desnecessariamente, aparecendo em vão. Isso impede o progresso de uma quebrada. Dá para fazer muito mais estando no submundo.

    Sampleado da:

  • Radiola Urbana


  • *Entrevista publicada originalmente pelo Jornal da Tarde



    10 janeiro 2007

    Cicarelli diz que não moveu processo contra o YOU TUBE mas sítio do Consultor Jurídico do caso mostra documento com o nome dela.



    CicaTube do

  • http://blog.escoria.org/

  • VOTO Nº: 10448

    AGRV.Nº: 472.738-4

    COMARCA: SÃO PAULO

    Relator Des. ÊNIO SANTARELLI ZULIANI (4ª Câmara Direito Privado)

    AGTE.: RENATO AUFIERO MALZONI FILHO e DANIELLA CICARELLI LEMOS

    AGDO.: INTERNET GROUP DO BRASIL LTDA., ORGANIZAÇÕES GLOBO DE COMUNICAÇÃO e YOUTUBE INC.

    Pedido de antecipação de sentença por violação do direito à imagem, privacidade, intimidade e honra de pessoas fotografadas e filmadas em posições amorosas em areia e mar espanhóis – Tutela inibitória que se revela adequada para fazer cessar a exposição dos filmes e fotografias em web-sites, por ser verossímil a presunção de falta de consentimento para a publicação [art. 273, do CPC] – Interpretação do art. 461, do CPC e 12 e 21, do CC – Provimento, com cominação de multa diária de R$ 250.000,00, para inibir transgressão ao comando de abstenção.

    Vistos.

    Os postulantes, RENATO AUFIERO MALZONI FILHO e DANIELLA CICARELLI LEMOS, ingressaram com ação inibitória com o propósito de suspender exibição do filme e de fotos deles, que foram captadas sem consentimento [clandestinidade] em momento de lazer na praia de Tarifa, na costa da Espanha, por um paparazzi e que estão sendo divulgadas em web-sites das requeridas [INTERNET GROUP DO BRASIL LTDA., ORGANIZAÇÕES GLOBO DE COMUNICAÇÃO e YOUTUBE INC.].

    Os pretendentes afirmam que está ocorrendo violação aos direitos da personalidade [intimidade, privacidade, imagem], o que autoriza afirmar violação dos arts. 220, § 1º e 5º, X, da CF e 12 e 21, do Código Civil e não se conformam com o indeferimento da tutela antecipada, argumentando que o fato de as imagens terem sido captadas em local público [praia] não autoriza a publicidade sem consentimento, como está se verificando.

    MTV mente no caso CicaTube, mas internautas não deixam passar!














    Chupação da chupação por uma boa causa!
    Linkania da página

  • http://radioladf.radiolivre.org/
  • que usou texto diretamente da página
  • http://www.contraditorium.com/
  • Vampirismo creditado.

    "Está todo mundo tirando da reta. Depois de mais de 20 mil email protestando contra a atitude inominável da ex-exposa de jogador de futebol Daniella Cicarelli, a MTV resolveu se pronunciar:

    Da MTV Brasil
    ESCLARECIMENTO

    Em referência ao caso do bloqueio temporário de um site de compartilhamento de vídeos, a MTV BRASIL esclarece:

    O processo que ensejou a decisão judicial de bloquear o referido site não foi movido por Daniela Cicarelli e sim por seu namorado, Renato Malzoni Filho.

    A decisão judicial, como esclarece o desembargador que a tomou, foi mal interpretada tendo o mesmo já decidido expressamente pelo desbloqueio .

    A MTV BRASIL sempre repudiou a censura e sempre lutou pela liberdade de expressão sendo reconhecida por suas campanhas sociais e políticas.

    Por isso não pode aceitar o teor de protestos indignados e ofensivos que têm pregado boicote à apresentadora e à própria emissora .

    Embora revestidos de legitimidade a maioria desses protestos no fundo compartilha dos mesmos desvalores que quer atacar pois fomenta a censura a um canal de televisão. Além disso nos parece que há muitas outras questões carentes de protestos no Brasil e a MTV sempre se prontificou a debatê-las.

    A MTV BRASIL é contra todo tipo de restrição de liberdade. De bloqueio de sites a censura a pessoas e canais de tv .


    A parte que interessa:

    Em referência ao caso do bloqueio temporário de um site de compartilhamento de vídeos, a MTV BRASIL esclarece:
    O processo que ensejou a decisão judicial de bloquear o referido site não foi movido por Daniela Cicarelli e sim por seu namorado, Renato Malzoni Filho.

    É fácil, não? Tiraram o fiofó da reta. A culpa é do Tato. A Dani, coitadinha… sniiiiif… é só uma vítima inocente, seduzida e abandonada.

    Desculpe, MTV, mas estamos no século XXI, Era da Informação, vocês até podem tentar tampar o Sol com a peneira, mas não é assim que a banda toca, e de banda vocês entendem. Ou entendiam, no tempo em que passavam clipes.

    Vejamos, no site do Consultor Jurídico, o texto do Agravo Nº: 472.738-4 começa com:

    COMARCA: SÃO PAULO

    Relator Des. ÊNIO SANTARELLI ZULIANI (4ª Câmara Direito Privado)

    AGTE.: RENATO AUFIERO MALZONI FILHO e DANIELLA CICARELLI LEMOS

    AGDO.: INTERNET GROUP DO BRASIL LTDA., ORGANIZAÇÕES GLOBO DE COMUNICAÇÃO e YOUTUBE INC.

    Está lendo, MTV? Pois é. Daniella Cicarelli Lemos. Listada, do lado do Tatinho.

    Então, MTV, me desculpe, mas EU NÃO SOU IDIOTA, nem meus leitores (ao menos os que chegarem até este parágrafo). Tentem de novo, mas aprendam a mentir.

    (agradecimentos ao saudoso PG Muller por ter enviado os links do processo)"

    Valeu ao Contraditorium pelo esclarecimento geral e pra MTV se tocar que tá na hora do limpa(João Gordo, Cicarelli, etc) prá ver se melhora o que parece impossível.

    Campanha pela Não Violência Contra a Mulher - perseguindo o assessor Jurídico



    Vídeo realizado por estudantes que promoviam uma ação pela Não Violência contra a Mulher. Eles usam "a desculpa das escadas" para denunciar a violência, mas foi muito para a cabeça do assessor Jurídico da faculdade.

    Campanha pela Não Violência Contra a Mulher - "A desculpa das escadas"



    DENUNCIE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER!
    Instituto Patrícia Galvão
    www.violenciamulher.org.br

    Movimento feminista e o funk carioca.



    Elisa, da banda punk rock feminista DOMINATRIX, dá sua opinião sobre o funk carioca.

    08 janeiro 2007

    ACM sequestrado



    Um grupo terrorista seqüestra um político baiano e "mandam o recado" pelo telejornal local. Vencedor do Festival 5 Minutos realizado em Salvador. O curta causou polêmica porque o político sequestrado é uma óbvia alusão a ACM.

    ACM sifu...



    A derrota de ACM, seu "Correio da Bahia" mentiroso e o Ibope comprado.
    Peguei daê:

  • http://www.ovelhaeletrica.com/blog/
  • A mídia quer sua alma. Não acredite na mídia. Seja você a mídia!



    Televisão:
    da informação a desinformação
    UMA NOVA CENSURA

    O principio básico da censura moderna consiste em inundar as informações essenciais com um dilúvio de noticias insignificantes difundidas por uma multidão de meios de comunicação social com conteúdos similares.

    Isto permite que a nova censura tenha todas as aparências da pluralidade e da democracia.

    Esta estratégia de entretenimento e distração se aplica em primeiro lugar aos noticiários televisados, principal fonte de informação pública.

    Da informação à desinformação...

    Desde o inicio dos anos 90, os noticiários de televisão não contém quase informação. Seguem se chamando “Noticiários de Televisão” quando na realidade deveriam se chamar “magazines ou revistas”.

    Um noticiário contém em média no máximo de 2 a 3 minutos de informação. O resto está constituído de reportagens anedóticas, de fatos diversos, de micro-câmeras das quais quase sempre se reportam a vida cotidiana dos chamados reality-shows.

    ...e uma censura sem censores

    Toda sutileza da censura moderna reside na ausência de censores. Estes tem sido eficazmente reforçados pela “Lei de Mercado” e a “Lei de Audiência”. Pelo simples jogo de condições econômicas habilmente criadas, os canais de televisão já não mais dispõe de meios financeiros para realizar reportagens verdadeiramente periódicas, e sem dúvida, ao mesmo tempo, o reality-show e as micro-câmeras arrastam mais audiência a um custo muito mais reduzido.

    Mesmo os acontecimentos importantes são tratados debaixo de um ângulo de “revista”, pelo canto dos olhos. Desse modo, uma encontro internacional dará lugar a uma entrevista do organizador do “encontro”, com as imagens de limusines oficiais e as saudações diante de algum edifício, porém, nenhuma informação, nenhuma analise com relação ao temas discutidos pelos chefes de Estado. Da mesma forma, um atentado será coberto por micro-câmeras em quase todos os lugares do drama, com as impressões e testemunhos dos passantes, ou a entrevista de um “recadista” ou um oficial de polícia.


    A estas insignificâncias se seguem os esportes, os fatos diversos, as reportagens pitorescas sobre as profundezas da França (ou de qualquer outro país), sem duvidar das publicidades disfarçadas por produtos culturais fazendo o objeto de uma campanha (espetáculos, filmes, livros, discos...).

    Informação desestruturada para uma memorização mínima.

    Todos os sociólogos e especialistas da neurociência sabem que a memorização da informação por parte do cérebro se faz de melhor forma em função da forma estruturada e hierarquizada em que é apresentada a informação.

    A estruturação e a hierarquização da informação são também princípios de base ensinados a todos os estudantes de periódicos.

    Sem dúvida, nestes últimos 10 anos, os noticiários de televisão fazem exatamente o contrário, encadeando em desordem temas excêntricos e de importância desigual (um fato diverso, um pouco de política, esportes, um tema social, um outro fato diverso, logo de novo política, etc.) como se o objetivo buscado fosse obter a pior memorização possível das informações para o público. Uma publicação amnésica é de fato muito mais fácil de manipular...

    linkania da página:

  • Televisão:
    da informação a desinformação
    UMA NOVA CENSURA
  • 07 janeiro 2007

    A Google dominará o mundo!



    O vídeo narra a origem da Internet, como ela atua nos dias de hoje e as previsões até 2015. A corporação Google já comprou o You Tube, Blogger, etc.

    A verdade está lá fora



    "Eu gostaria de poder te contar notícias mais importantes,
    mas nós estamos em um sistema onde o fator "x" é o sensacionalismo!
    Eles tem você correndo em círculos!

    Das nove às cinco e das cinco às nove...
    VOCÊ É MEU!

    Eu te conto o que você quer saber...
    E VOCÊ CONSIDERA COMO VERDADE!

    Ninguém está abrindo seus olhos!
    A economia global está consumindo nossas vidas e os recursos naturais...
    e você está feliz com isso?!

    QUAL É! EU TRABALHO PRO SISTEMA!

    Todos os dias bilhões de pessos gastam horas na frente da tv.
    Como isso afeta suas vidas?"

    Traduzido por: Horehlei

    Escolhendo a guerra



    Estadunidenses escolhendo o próximo país que as tropas de guerra invadirão.

    Rose Marie Muraro fala sobre "Bush e a exclusão dos negros nos EUA"



    Gravado durante o Seminário Mulher e Mídia 3 (Rio de Janeiro - 06/08/2006)
    ------------------------------ ----
    Rose Marie Muraro nasceu em 11 de novembro de 1930 praticamente cega. Sua personalidade singular deu-lhe força e determinação suficientes para tornar-se uma das mais brilhantes intelectuais de nosso tempo.

    Formada em Física e Economia, esta escritora e editora publicou diversos livros polêmicos, contestadores e inovadores do ponto de vista dos valores sociais modernos. Nos anos 70, foi uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil. Nos anos 80, quando a Igreja adotou uma postura mais conservadora, passou a ser perseguida por seus ideais. Sua atuação intensa no mercado editorial é fruto de uma mente libertária cuja visão atenta da sociedade pode ser comparada a de muito poucos intelectuais da atualidade.

    Suas idéias refletem-se na vida pessoal desta mulher notável, mãe de cinco filhos e avó de doze netos, frutos de um casamento de 23 anos. Há pouco tempo, Rose Marie Muraro desafiou seus próprios limites quando, aos 66 anos, recuperou a visão com uma cirurgia e viu seu rosto pela primeira vez. "Sei hoje que sou uma mulher muito bonita."

    RAP BRASIL faz 5 anos e entrevista MANO BROWN



    Trechos da entrevista de Brown para a revista.

    05 janeiro 2007

    Bomba Atômica estadunidense



    Vale sempre lembrar que os EUA jogaram bombas atômicas em humanos! Vídeo feito por Cauã.
    linkania do:

  • http://saiugosminha.net/blog/index.php/page/18/



  • Atualização:
    Depois de postar o vídeo achei a página show da lua que questiona a existência da bomba. Conspirólogos ou não, a página tem argumentos interessantes.

    Soldados estadunidenses fazem crianças iraquianas correrem atrás de água.



    Soldados estadunidenses, depois da ocupação no Iraque, sacaneando as crianças iraquianas que tem sede.

    CENAS FORTES! estadunidenses sendo abatidos por franco atirador em Baghdad




    Após a ocupação no Iraque, estadunidenses tiveram problemas com JUBA BAGHDAD'S SNIPER!

    04 janeiro 2007

    GLOBO E O ENVOLVIMENTO NO DOSSIÊ



    AS MANIPULAÇÕES DA MÍDIA CORPORATIVA NO CAPÍTULO DO DOSSIÊ. GLOBO E OUTROS GIGANTES ENVOLVIDOS. A FARSA DESMONTADA AQUI PARA SEU DELEITE! O ÁUDIO DO DELEGADO ESTÁ COMPLETO NO LINK ABAIXO, COM A TRANSCRIÇÃO COMPLETA DA CONVERSA PRA VOCÊ ACOMPANHAR ENQUANTO ESCUTA.

    Gravação da conversa de Edmilson Bruno com a mídia



    Ouça a íntegra da gravação da conversa do delegado da Polícia Federal Edmilson Pereira Bruno com os jornalistas na hora em que ele entregou o CD com as fotos do dinheiro apreendido com petistas para a imprensa. Os jornalistas que participaram dessa conversa são: Lilian Christofoletti, da Folha de S. Paulo; Paulo Baraldi, do jornal O Estado de S. Paulo; Tatiana Farah, do jornal O Globo e André Guilherme, da rádio Jovem Pan.

    Veja a íntegra da reprodução em texto:

    Delegado Edmilson Bruno – Aqui prova, aqui tem um milhão 168, Caixa Econômica Federal. Isso aqui é um dinheiro que está na custódia da Caixa Econômica, ó, é da Protege, ficou na Polícia Federal. (...) Custódia a fonte, custódia. São os reais. Tira o nome da Protege, pra não saber que ta na Protege. Eu tenho outros documentos que falam assim (...) Da Polícia Federal. (...) E tem outro da Caixa Econômica Federal, de 300 mil os depósitos (...) juntar num malote só. Tem a foto desse malote.

    Repórter – São quantas fotos, 12 fotos?

    Delegado Edmilson Bruno - Eu tenho um monte.

    Repórter – Isso é cópia, doutor?

    Delegado Edmilson Bruno – Não, esse aqui é o original, vocês precisam me trazer duas cópias de volta. Esse é o original, ó. Do Banco Central como é que tá? Tá os dólares, e aí eu coloquei o envelope atrás do Banco Central no meu nome, assim: 248 mil dólares endereçado a Edmilson Pereira Bruno, para provar que é o dinheiro dos dólares. Porque, como eu fiz depósito, eu fiz em meu nome no Banco Central. Mas só pra diferenciar. Inclusive nos dólares, tem notas novas e velhas. Nas velhas, tem carimbo do doleiro, que a gente vai fazer a perícia antes do (...) Vocês têm que trazer isso aqui antes do meio-dia, em algum lugar que tira cópia.

    Repórter – Alguém sabe onde a gente pode tirar cópia?

    Delegado Edmilson Bruno – Não sei, tem essas duas mídias (...)

    Repórter – Aqui não tem nada.

    Delegado Edmilson Bruno – Não tem nada, precisa me devolver.

    Repórter – Então, não, vamos levar nessa mídia.

    Delegado Edmilson Bruno – Eu preciso que vocês devolvam pelo menos uma. Vocês tiram mais cópias pra vocês.

    Repórter – Tá, não, beleza.

    Delegado Edmilson Bruno – Agora, ele não, porque é rádio.

    Repórter – É, eu não preciso.

    Delegado Edmilson Bruno – Vocês divulgam isso até as seis da tarde?

    Repórter – Não, não.

    Delegado Edmilson Bruno – Porque alguém que roubou e deu pra vocês. (...) Agora, é.

    Repórter – Quem tá de carro aqui pra poder pegar um carro (...)?

    Repórter – Então, eu to sem carro e ela tá sozinha. (...) Não, tudo bem.

    (...)

    Delegado Edmilson Bruno - Isso aqui é minha cópia, tem que fazer cópia para vocês...

    (...)

    Delegado Edmilson Bruno – Eu vou confiar em vocês. Vai parecer que alguém roubou e vazou para a imprensa. Mais ninguém tem isso aí, só eu. Nem o superintendente (...) Quando vocês passarem na TV, pessoal, tira o nome da Protege e tira essa data aqui.

    Repórter – Tira a data...

    Repórter – A data pode deixar.

    (...)

    Delegado Edmilson Bruno – E no Banco Central (...) essa aqui é a foto da Globo (...) Aí tem o envelope escrito Banco Central (...) e todos os dados do dinheiro o meu nome.

    (...)

    Delegado Edmilson Bruno – Tem que fazer um Photoshop porque tem foto que aparece o pessoal da Protege do lado contando o dinheiro.

    Repórter – E como faz pra entregar pro senhor?

    Delegado Bruno - Então você me liga, eu desço...

    Repórter – E para abrir não tem senha, nada?

    Delegado Edmilson Bruno – Não, é direto. (...) É uma mídia comum.

    (...)

    Repórter – (...) Que foi furtado?

    Delegado Edmilson Bruno – Não, vou chegar para o superintendente e falar, “doutor, fui furtado, mas já falei com os repórteres, ninguém sabe de nada, mas eu to desconfiado, sabe como é, não dá pra confiar em repórter, não dá mesmo”. Agora eu conto com vocês, porque podem abrir uma sindicância contra mim, um processo.

    Repórter – Mas quem o senhor vai falar que teria roubado?

    Delegado Edmilson Bruno – Não sei, “N” pessoas poderiam ter entrado na minha sala, faxineiro (...) Eu tive acesso a isso ontem às cinco horas da tarde.

    Repórter – Mas foi um repórter que entrou na sala do senhor?

    Delegado Bruno – Não (...) se vazou, não estou falando que foi um repórter não. É que os repórteres não estão sabendo de nada, não dá pra confiar em repórter (...) o que estou dizendo para vocês é que meu telefone vai estar grampeado.

    Repórter – É, por isso que o senhor ligou daquele jeito...

    Delegado Edmilson Bruno – Desesperado.

    (...)

    Delegado Edmilson Bruno – Agora é o seguinte, tem alguém da TV Globo aí?

    Repórter – Tem o Bocardi.

    (...)

    Delegado Edmilson Bruno – Mas tem alguém da Globo aqui, da TV.

    Repórter – Tem o Bocardi.

    Delegado Edmilson Bruno - Não é o Tralli, né? O Tralli está muito visado (...)

    Repórter – Não, é o Bocardi

    Repórter – Eu falo com o Rodrigo, pode deixar (...)

    Delegado Edmilson Bruno – Ah é, tem o (...)

    Repórter – Eu vou falar com o Rodrigo Bocardi, aí ele (...)

    Repórter –Não, está certo, o legal é contar esta história (...)

    Repórter – ... isso só pode sair amanhã na TV (...)

    Delegado Edmilson Bruno – Não, tem que sair hoje à noite (...) pode ser no jornal da Globo no primeiro horário, não pode ser à tarde...

    Repórter – por exemplo (...)

    Delegado Edmilson Bruno –Tem que sair no Jornal Nacional e na Ana Paula Padrão. Isso aí vazou ontem, então tem que fazer hoje de manhã. O que não pode é perder (...) tem que entrar no jornal logo no primeiro horário da noite, não pode já sair no Jornal Hoje.

    Delegado Edmilson Bruno – eles já levantaram (...)

    Repórter – (...) mas e a agenda? Não, né?

    Repórter – Quem é o André que você falou (...) ?

    Delegado Edmilson Bruno – ... este nome aqui já divulgou – André (...) esse cara aqui, venderam a Danone, foram milhões e milhões. Toda vez que o PT precisa de dinheiro eles dão dinheiro para o PT. Tem o Ricardo (...) e o André. Estão investigando para mim (...)

    Repórter – ele tem empreiteira também, né?

    Delegado Edmilson Bruno – Isso. Toda vez que o PT precisa de dinheiro eles dão dinheiro para o PT, e depois como o PT faz (...) ele devolve.

    Repórter – A polícia está atrás disso então?

    Delegado Edmilson Bruno – Não, isso aqui (...)

    Repórter – Não, a gente está atrás disso (...)

    Delegado Edmilson Bruno – ... lembra quando uma empresa entrou de sócio, que era da revista? Eu estou achando que este André (...) tudo o que o PT precisa de grana, grana que não pode sair (...), esse cara dá. E quando o PT consegue dinheiro por fora devolve para ele.

    Repórter – Ele é o que, o que ele faz?

    Repórter – uma empresa de consultoria(...)

    Delegado Edmilson Bruno – venderam a Danone por R$ 400 milhões, eram donos da Danone no Brasil, a Danone francesa. Eles venderam a parte deles.

    Repórter – Por que o senhor acha que são eles, tem algum grampo?

    Delegado Edmilson Bruno – Não, estou desconfiado porque (...) dinheiro por fora (...) a grana está vindo, o (...) banca, depois eles devolvem.

    Repórter – Eles emprestam.

    Delegado Edmilson Bruno – Isso. É possível então falar com a Globo, a Band?

    Repórter – Não, pode ficar sossegado (...) A gente vai passar (...)

    Delegado Edmilson Bruno –Tem que sair no primeiro horário da noite, não pode sair ao meio-dia (...)

    Repórter – no primeiro não, no último (...)

    Delegado Edmilson Bruno – Tem que ser no primeiro, gente. Eu vou fazer o alarde agora com o superintendente... quem vai assistir ao jornal à meia-noite? Eu quero que o público todo veja. Porque você não sabe o que me tiraram (...) não é que é vingança minha, me sacanearam. Enquanto eu estava sendo ouvido sabia que foram lá no Banco Central antes de mim e tiraram fotos antes e deram para o FBI? Fizeram isso, no meu nome, pegaram o meu protocolo... como eu estava com os peritos... então agora nós vamos fazer a perícia...

    Repórter – Tá, combinado.

    Repórter - Aí eu ligo para o senhor.

    Delegado Edmilson Bruno – Então Globo e Band eu fico tranqüilo?

    Repórter – Pode ficar, pode ficar.

    Delegado Edmilson Bruno – Que hora é o Jornal Nacional, oito da noite? Vou ligar a TV nesse horário, hein?

    Repórter – Pode ficar sossegado.

    Repórter – Tchau, doutor.





    O Conversa Afiada perguntou à Polícia Federal que providências pretende tomar com a revelação do Conversa Afiada do papel do delegado Bruno na divulgação das fotos do dinheiro. A assessoria de imprensa respondeu que já foram tomadas duas providências: a primeira é um inquérito policial para apurar eventual crime de violação de sigilo funcional. A segunda é um procedimento disciplinar para averiguar irregularidades administrativas, que pode culminar em penas que vão desde uma advertência à demissão do delegado Bruno. A assessoria de imprensa da PF disse também que fica a critério dos delegados que conduzem as investigações deste caso incluir ou não a gravação no processo.

    O Conversa Afiada também perguntou à assessoria de imprensa do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) se pretende tomar alguma atitude em relação ao Jornal Nacional. Aguardamos resposta. A assessoria de imprensa do TSE respondeu que a única investigação que há é a conduzida pela Polícia Federal.

    A partir dessa resposta, o Conversa Afiada perguntou novamente ao TSE o que vai ser feito quanto à possível manipulação eleitoral promovida a partir da divulgação das fotos no Jornal Nacional. Aguardamos resposta.

    O Conversa Afiada também perguntou aos ministros Márcio Thomaz Bastos, da Justiça, e Hélio Costa, das Comunicações, o que eles pretendem fazer em relação à forma como o delegado Bruno usou veículos de comunicação, como o Jornal Nacional, para divulgar as fotos do dinheiro. Aguardamos resposta.

    Sobre a divulgação das fotos do dinheiro do chamado “dossiê Serra”, a assessoria de comunicação do Ministério da Justiça disse que só a Polícia Federal deve se pronunciar sobre o assunto, já que a PF abriu sindicância para apurar a divulgação das fotos pelo delegado Edmilson Bruno. O TSE também disse que o caso é investigado pela Polícia Federal e que só a PF deve se manifestar. O Conversa Afiada ainda aguarda uma resposta do ministério das Comunicações.

    REDE GLOBO ASSUMINDO DE VEZ QUE É PSDB/PFL



    Trecho da edição do Jornal da Globo do dia 28/11/2006.
    "-O Dossiê FAJUTO!"
    Era EXATAMENTE esse o discurso da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB/PFL) nas Eleições 2006.

    BBC - Muito alem do Cidadao KANE (1993) - parte1



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    BBC - Muito alem do Cidadao KANE (1993) - parte4



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